domingo, 12 de fevereiro de 2012

Como surgiu o campo de Ameixas


      BONS TEMPOS DE OUTRORA.

     Naquele tempo, lá pros anos 40, a maior feira da região era a de Ameixas. Eram duas carreiras de bancos, que começavam na esquina, até a frente da igreja. Lá em Eronides, havia uma bolandeira e a semente do algodão não era aproveitada. Samuel Farias era um comerciante forte, mas também havia outros, como José Ferreira e Sebastião Vicente, esses eram donos de bodega.
     No lugar do açúde, era apenas um riacho, onde cavaram uma cacimba para saciar a sede dos animais. E ao lado dela, fizeram algo parecido com um coxo, de alvenaria, que mantinham-no cheio com água da cacimba. A construção do açúde foi coordenada por um homem de Surubim e todo o serviço feito a braço e lombo de animais.
     Em 1942, foi concluída a construção da nova igreja. Antes, era apenas uma igrejinha.
     O campo era ao lado do grupo escolar e seu Mané Camilo que era vizinho, passava muito aperreio por causa da bola, que sempre caía no terreiro de sua casa. De tanto passar, pra pegar a bola, acabavam fazendo buracos na cerca de avelóiz e ainda tinham uns que aproveitavam para fazer suas necessidades fisiológicas. Um dia, no ano de 1972, compadre Chico Silvestre, me disse que ia a limoeiro e eu aproveitei pra lembrá-lo de pedir ao seu Otaviano uma área para fazer o campo de futebol e compadre Chico concordou comigo, então eu fui com ele, pra ter certeza de que não ia esquecer. Quando desceu do carro, em frente a usina, eu falei: _ Chico, não esqueça de falar sobre o campo, e por sorte, a primeira pessoa que viu, na calçada do escritório da usina, foi seu Otaviano. Mais tarde quando agente se encontrou pra voltar pra casa, compadre Chico me disse que ele mandou escolher a área onde quisesse pra fazer o campo de Ameixas. E assim que a gente chegou, lembro como hoje, era um dia de sábado, chamei Pedro de Santo Orfo, pra medir e demarcar a área, num lugar que eu escolhi. Alguns dias depois, pedi ao prefeito Biuzinho, pra ajudar a cercar o campo e o prefeito doou todas as estacas de cimento que precisamos.
     Aquele campo foi palco de muitas comemorações e de muitas alegrias. Êita que saudade! No gol, era Paulo de compadre Zé Cazuza, mas às vezes ele jogava na linha e os outro eram Cuíca, Jaime de Antônio Vicente, Zezinho de Pedrinho, Chico  de Senhora, Zé Ildo, Léta e tantos outros. Dia de jogo era dia de festa, iam homens, mulheres e crianças e ninguém pronunciava palavras imorais, era um ambiente de respeito e o exemplo começava pelos jogadores.

                                         História contada pelo seu Manoelzinho Barbeiro.

2 comentários:

  1. e o campo de ameixas hoje uns dos melhores da região

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  2. No meu tmpo nos anos 80 Cuica era o craque da vila, com o goleiro Gilberto que fechava o gol muito bem.

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